China, EUA e Europa disputam liderança no avanço dos robôs que imitam o ser humano
Robôs humanoides e inteligência artificial já não são apenas ficção. Hoje, eles estão presentes em laboratórios, empresas e universidades. Além disso, seu uso cresce em setores como saúde, indústria e serviços, impulsionado por avanços na inteligência artificial generativa, que amplia as capacidades desses sistemas.
Por esse motivo, paĂses como China, Estados Unidos e Europa estĂŁo competindo. Todos querem liderar o desenvolvimento dos robĂ´s humanoides. De acordo com um relatĂłrio do Goldman Sachs, esse mercado pode movimentar mais de US$ 139 bilhões atĂ© 2035.
China lidera na produção de robôs humanoides
A China quer dominar a produção global de robôs humanoides. A meta é fabricar metade de todos os robôs desse tipo até 2025. Para isso, o governo oferece incentivos, apoio técnico e financeiro às empresas.
Um bom exemplo Ă© o robĂ´ GR-1, da Fourier Intelligence. Ele anda, carrega objetos e interage com pessoas. Recentemente, o paĂs organizou uma meia maratona com robĂ´s. O Tiangong Ultra correu os 21 km em 2h40min.
AlĂ©m disso, a Agibot desenvolve modelos para segurança, hotĂ©is e cuidados com idosos. A produção Ă© rápida e eficiente. Dessa forma, a China se fortalece como lĂder mundial.
Robôs humanoides nos EUA: foco em inovação
Nos Estados Unidos, o foco está na tecnologia e em soluções práticas. A Tesla desenvolve o robĂ´ Optimus, que pode fazer tarefas perigosas ou repetitivas. Atualmente, vĂdeos mostram o robĂ´ andando, carregando caixas e evitando obstáculos.
Outro exemplo relevante é o robô Atlas, da Boston Dynamics. Ele consegue subir escadas, fazer saltos e mexer em objetos com precisão. Assim, ele é útil em obras, fábricas e missões de emergência.
Segundo Robert Playter, CEO da empresa:
“Criamos robôs que se movem como pessoas, mas com mais segurança.”
Europa investe em robĂ´s mais sociais
Na Europa, o objetivo Ă© diferente. Enquanto outros paĂses focam em produção, os europeus pensam na interação entre humanos e máquinas. O robĂ´ Ameca, da britânica Engineered Arts, se destaca nesse ponto. Ele faz expressões faciais e conversa com naturalidade.
Além disso, o projeto NICOL, da Alemanha e Itália, usa sensores e redes neurais para criar robôs empáticos. Com isso, eles aprendem a reagir ao toque e a se comunicar com mais sensibilidade.
Por isso, a Europa quer robôs mais aceitos pelas pessoas. Eles devem ajudar sem causar medo ou estranhamento — uma estratégia que reflete o esforço do continente em proteger sua soberania digital e reduzir dependências externas em tecnologia.
Onde os robôs humanoides já estão sendo usados
Embora muitos ainda estejam em teste, alguns já atuam no mundo real. Por exemplo:
- Hospitais no Japão usam robôs para recepção e triagem.
- A BMW, nos EUA, emprega robĂ´s da Figure AI na montagem de carros.
- Hotéis em Dubai têm robôs recepcionistas que falam vários idiomas.
- Escolas na Coreia do Sul usam robĂ´s com alunos com dificuldades sociais.
Esses exemplos mostram que os robôs humanoides já fazem parte do nosso cotidiano.
Como a tecnologia ajuda esses robĂ´s
A evolução dos robôs humanoides depende de sensores e softwares. Eles usam câmeras 3D, sensores de toque e inteligência artificial. Assim, conseguem ver, ouvir e reagir de forma eficaz.
AlĂ©m disso, novos materiais como plásticos flexĂveis deixam os movimentos mais suaves. Isso facilita o uso em tarefas delicadas e prĂłximas a humanos.
O Brasil e os robĂ´s humanoides
O Brasil ainda está longe dos paĂses lĂderes. Apesar disso, há avanços importantes. Universidades como USP, ITA e UFMG já desenvolvem projetos em robĂłtica.
No entanto, o uso industrial se limita a braços mecânicos e sistemas fixos. Os robĂ´s com aparĂŞncia humana ainda sĂŁo raros. Para mudar isso, o paĂs precisa investir mais em pesquisa, capacitação e polĂticas pĂşblicas.
Desafios e questões éticas
Com o aumento no uso de robôs, surgem dilemas éticos. Entre eles, estão privacidade, segurança, leis e empregos. Na Europa, já existem propostas para regular esse mercado.
Outro problema é o “vale da estranheza”. Robôs muito parecidos com humanos podem causar desconforto emocional.
Como alerta MarĂa Sánchez-Segura:
“Precisamos de robôs que ajudem sem causar medo. Eles devem ser confiáveis e empáticos.”
Conclusão: o futuro está chegando
A corrida por robôs humanoides já começou. A China fabrica em massa. Os EUA inovam. A Europa pensa na convivência.
Logo, veremos robôs andando entre nós. Eles não vão substituir pessoas. Porém, poderão ajudar — se forem bem usados, seguros e regulados.
FAQ
1. O que sĂŁo robĂ´s humanoides?
Máquinas com aparência humana, que andam, falam e realizam tarefas.
2. Quem lidera essa tecnologia?
China, Estados Unidos e Europa sĂŁo os principais desenvolvedores.
3. Onde eles já são usados?
Hospitais, fábricas, hotéis e escolas.
4. Quais os principais desafios?
Privacidade, leis, emprego e aceitação social.
5. O Brasil está no jogo?
Ainda não, mas universidades e indústrias estão avançando.