Fique conectado

Política

Aumento do IOF em 2025: entenda o impacto para empresas e consumidores

Publicado

em

Nova alíquota entra em vigor em 1º de junho. Empresas e operações no exterior serão as mais afetadas.

O governo federal anunciou, na quinta-feira, 22, o aumento do IOF em 2025, medida que visa reforçar o caixa e conter o avanço do déficit público.. A medida, que entra em vigor a partir de 1º de junho, visa reforçar o caixa da União e atender às exigências do novo arcabouço fiscal. Segundo o Ministério da Fazenda, o ajuste deve gerar R$ 20,5 bilhões ainda em 2025 e até R$ 41 bilhões em 2026.

Embora o objetivo central seja cumprir a meta de déficit zero, o governo também tenta manter programas sociais e evitar cortes em áreas prioritárias. Por isso, adotou a elevação do imposto como alternativa ao contingenciamento integral. Além disso, foi determinado o bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento do próximo ano.


🔍 O que muda com o aumento do IOF em 2025

O IOF é um tributo aplicado sobre operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos. Com as novas regras, haverá impactos significativos em empréstimos empresariais, aportes elevados em previdência privada e transações internacionais.

📊 Quadro comparativo: IOF antes e depois

Tipo de operaçãoAlíquota atualNova alíquota
Crédito empresarial (geral)até 1,88% ao anoaté 3,95% ao ano
Crédito – Simples Nacional0,88% ao anoaté 1,95% ao ano
Previdência privada (VGBL > R$ 50 mil)isento5% sobre o aporte
Cartões internacionaisaté 6,38%3,5% (fixa e unificada)
Remessas ao exterior0,38% a 6,38%3,5% (fixa)

Portanto, operações de maior volume e foco empresarial tendem a ser mais impactadas. No entanto, modalidades voltadas ao consumidor de baixa renda permanecem isentas.

Advertisement

💬 “Medida necessária para manter credibilidade”, diz Fazenda

De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, o aumento do IOF é uma das estratégias adotadas para garantir previsibilidade fiscal, além de permitir que o governo atenda compromissos sociais sem recorrer a cortes radicais.

Secretário Dario Durigan fala com a imprensa sobre aumento do IOF em Brasília
Dario Durigan, da Fazenda, diz que aumento do IOF reforça compromisso com equilíbrio fiscal Foto: Reprodução/Redes Sociais

“A arrecadação adicional reforça o compromisso com o equilíbrio das contas públicas. Essa medida contribui para reduzir as pressões sobre os juros e manter um ambiente macroeconômico estável”, afirmou Durigan.

Ainda segundo ele, a equipe econômica avaliou diversos cenários antes de optar pela elevação do imposto, considerada uma solução técnica e menos danosa ao crescimento.


📈 Arrecadação com o aumento do IOF em 2025

Com base nos cálculos da Fazenda, a nova estrutura do IOF permitirá um ganho de R$ 20,5 bilhões ainda este ano. Já em 2026, a expectativa é de arrecadar até R$ 41 bilhões, caso os volumes de crédito e investimento permaneçam estáveis.

📉 Gráfico: Receita estimada com o novo IOF

AnoArrecadação extra prevista
2025R$ 20,5 bilhões
2026R$ 41,0 bilhões

Fonte: Ministério da Fazenda

Advertisement
Homem de terno escuro fala com expressão séria durante entrevista sobre aumento do IOF
Rafael Lucchesi, da CNI, afirma que aumento do IOF penaliza setor produtivo e desestimula investimentos

🛑 O que continua isento

Mesmo com as mudanças, algumas operações continuarão fora da nova alíquota. Entre elas:

  • Empréstimos pessoais para pessoas físicas;
  • Financiamento habitacional;
  • Crédito estudantil (Fies);
  • Operações financiadas por meio do BNDES (como o Finame).

Dessa forma, o governo busca preservar o acesso a instrumentos financeiros essenciais para famílias e setores produtivos estratégicos.


🏢 Reações da indústria ao aumento do IOF em 2025 critica aumento

Enquanto o governo argumenta que o aumento do IOF tem caráter emergencial e técnico, entidades empresariais apontam riscos para o crédito e o investimento.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) foi uma das primeiras a se manifestar. Conforme a entidade, o encarecimento do crédito pode reduzir a competitividade das empresas brasileiras.

“O setor produtivo precisa de estímulos, não de mais encargos. Isso pode inibir investimentos e comprometer a retomada econômica”, afirmou Rafael Lucchesi, diretor da CNI.

A CNC (Confederação Nacional do Comércio), por sua vez, alertou que as remessas internacionais e compras com cartão podem encarecer, afetando tanto empresários quanto consumidores.

Enquanto o Brasil busca equilibrar suas contas com medidas como o novo IOF, países como Japão e EUA lideram a corrida global por robôs humanoides, mostrando que tecnologia e economia seguem caminhos paralelos.

Advertisement

👥 Como o aumento do IOF em 2025 afeta o consumidor

Apesar de o foco estar no ambiente empresarial, as novas regras também atingem pessoas físicas com gastos no exterior. A alíquota única de 3,5% para operações cambiais será aplicada sobre remessas, saques em moeda estrangeira e compras internacionais.

Segundo relatos de consumidores nas redes sociais, a mudança pode aumentar os custos de viagens e compras no exterior. “Com o IOF antigo, já era caro. Agora, com 3,5%, o impacto é ainda maior”, escreveu uma usuária em um fórum sobre finanças.


🕰️ Linha do tempo: IOF como ferramenta fiscal

AnoEvento relevante
2007IOF passa a tributar capital estrangeiro
2011Governo eleva IOF para conter consumo interno
2020IOF é zerado durante pandemia como estímulo emergencial
2025Novo aumento visa garantir equilíbrio fiscal no pós-pandemia

Portanto, o uso do IOF como instrumento de política econômica tem sido recorrente em momentos de crise ou ajuste fiscal.


🌍 Comparação internacional

Na comparação com outros países, o Brasil continua com uma das maiores tributações diretas sobre operações cambiais. Em países como Chile, México e Colômbia, tributos sobre crédito e câmbio são menos onerosos. Já na Europa, a cobrança incide principalmente sobre a renda, e não sobre a transação em si.

Advertisement

Ainda assim, especialistas afirmam que o Brasil usa o IOF como instrumento de ajuste rápido, já que pode ser alterado por decreto, sem necessidade de aprovação do Congresso.


🧭 Por que agora?

O aumento do IOF é uma resposta direta à exigência de equilíbrio fiscal imposta pelo novo arcabouço. Como a meta de 2025 prevê déficit zero, o governo precisa ampliar receitas sem comprometer áreas sociais. Por isso, optou por mexer em um tributo de fácil ajuste e alta arrecadação.


🔗 Entenda mais


📌 Conclusão

O aumento do IOF pode ter efeitos adversos no curto prazo, sobretudo para empresas e consumidores que dependem de crédito e transações internacionais. No entanto, o governo avalia que a medida é necessária para manter o equilíbrio das contas públicas e demonstrar responsabilidade fiscal ao mercado.

Se, por um lado, o ajuste gera desconforto, por outro, preserva programas sociais e reduz a necessidade de cortes mais severos. Resta saber como o mercado e o Congresso vão reagir ao novo pacote e se, de fato, ele será suficiente para manter o plano fiscal de pé.

Assim como o desconhecido mundo dos animais marinhos nos surpreende com sua complexidade (descubra como eles se alimentam), a estrutura tributária do Brasil também exige um mergulho profundo para entender o impacto de medidas como o novo IOF.

Advertisement

Para mais detalhes, acesse a nota oficial publicada pelo Ministério da Fazenda.

Continue Reading
Advertisement
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *