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Por que o Brasil lidera o ranking mundial de ansiedade

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Com 18,6 milhões de pessoas afetadas, país ocupa o 1º lugar global. Entenda as causas, os impactos e onde buscar ajuda com segurança.

A ansiedade no Brasil é um tema urgente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade. Estima-se que mais de 18 milhões de brasileiros, ou seja, cerca de 9,3% da população, convivem com sintomas como medo constante, insônia e tensão muscular. A questão vai além do emocional, pois afeta o desempenho no trabalho, os relacionamentos e a qualidade de vida. Portanto, é essencial entender as causas desse cenário e o que pode ser feito para melhorá-lo.

Mapa mostra que o Brasil tem a maior taxa de ansiedade do mundo, com 9,3% da população afetada
O Brasil lidera o ranking global de ansiedade, com 9,3% da população afetada, segundo dados da OMS

Por que a ansiedade é tão comum no Brasil?

A ansiedade se tornou uma resposta frequente às pressões do cotidiano. Não apenas a desigualdade social, mas também a insegurança urbana e os desafios financeiros estão entre os principais gatilhos. Além disso, o uso excessivo de redes sociais e os efeitos prolongados da pandemia de COVID-19 agravaram o problema. Embora seja uma reação natural do corpo, a ansiedade crônica precisa de atenção. Afinal, quando não é tratada, ela afeta também a saúde física.

Principais causas da ansiedade no Brasil

A desigualdade como raiz da ansiedade no Brasil

O Brasil enfrenta, há décadas, graves problemas sociais. Muitas pessoas vivem, diariamente, com medo de perder o emprego ou não conseguir pagar contas básicas. Como resultado, essa instabilidade constante provoca tensão — fator que favorece o surgimento de transtornos de ansiedade. Ademais, o acesso limitado à saúde mental pública agrava esse quadro.

A insegurança urbana e seu impacto na ansiedade brasileira

Outro ponto que contribui é a violência. Viver com medo de assaltos, confrontos ou acidentes, sobretudo nas grandes cidades, gera um estado de alerta permanente. Assim, o corpo pode reagir de maneira desproporcional, levando ao desenvolvimento de crises de ansiedade. Dessa forma, a exposição contínua ao risco se torna um gatilho.

Pandemia: como ela agravou a ansiedade no Brasil

Durante a pandemia, milhões de brasileiros passaram por perdas, isolamento e incertezas. Mesmo após a retomada das atividades, muitos ainda lidam com sequelas emocionais. A OMS registrou aumento de 25% nos casos de ansiedade no mundo. No caso do Brasil, especialistas indicam que o impacto foi ainda maior. Portanto, os efeitos do período seguem influenciando a saúde mental da população.

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Redes sociais: um dos novos gatilhos da ansiedade no Brasil

Atualmente, o uso intenso da internet e das redes sociais faz parte da rotina de muitas pessoas. Contudo, o consumo exagerado de notícias negativas e a comparação com padrões irreais afetam a autoestima e aumentam o estresse. A juventude também enfrenta altos níveis de estresse. A pressão acadêmica, as dúvidas sobre o futuro e o excesso de redes sociais são fatores que elevam os índices de ansiedade entre adolescentes e universitários. Por isso, o cuidado com a saúde mental nas escolas e universidades é fundamental. Leia mais sobre como a geração Z no Brasil lida com trabalho, dinheiro e futuro.

Quem sofre mais com a ansiedade no Brasil?

Dados mostram impacto da ansiedade e transtornos mentais entre crianças e adolescentes no Brasil
Ansiedade no Brasil também afeta jovens: 1 em cada 2 adolescentes já sentiu necessidade de ajuda, segundo a UNICEF

Mulheres e a prevalência da ansiedade no Brasil

As mulheres lideram as estatísticas de diagnósticos de ansiedade no Brasil. Isso se deve, primordialmente, à sobrecarga emocional, à dupla jornada de trabalho e à desigualdade de gênero. Além disso, muitas enfrentam violência e assédio, o que agrava a situação. Com toda a certeza, esse grupo precisa de atenção especial nas políticas de saúde mental.

Jovens brasileiros: vítimas crescentes da ansiedade

Os jovens também são muito impactados. A pressão escolar, a incerteza sobre o futuro profissional e a dependência das redes sociais aumentam os casos de ansiedade entre adolescentes e universitários. Por isso, é essencial que as instituições de ensino adotem medidas de prevenção e acolhimento.

Sintomas da ansiedade no Brasil e como o corpo reage

A ansiedade no Brasil também está presente nos ambientes corporativos. A cobrança por metas, os prazos curtos e a competitividade constante são fatores que esgotam emocionalmente os trabalhadores. Conforme estudos da Isma-BR, 30% dos brasileiros empregados têm sintomas de burnout, quadro frequentemente associado à ansiedade. Portanto, criar ambientes mais humanos é uma necessidade urgente.


Como a ansiedade no Brasil afeta o dia a dia

Pais, mães e cuidadores vivenciam, com frequência, altos níveis de ansiedade. Afinal, equilibrar responsabilidades profissionais, pessoais e familiares pode ser desgastante. Quando essas tarefas se acumulam sem apoio, surgem sentimentos como culpa e exaustão. Assim sendo, é essencial que essas pessoas encontrem suporte para cuidar também de si.

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A alimentação influencia a ansiedade?

Inegavelmente, a alimentação tem um papel importante na saúde mental. Alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gordura, podem aumentar a irritabilidade e a fadiga. Por outro lado, uma dieta equilibrada — com frutas, vegetais e cereais integrais — contribui para o bom funcionamento do cérebro. Em resumo, comer bem ajuda a controlar a ansiedade.

O papel da escola e da comunidade

Escolas e comunidades podem ser grandes aliadas no combate à ansiedade. Atividades como rodas de conversa, educação emocional e incentivo ao diálogo são eficazes para reduzir o sofrimento psíquico. Da mesma forma, espaços culturais, esportivos e de lazer funcionam como redes de apoio. Dessa maneira, torna-se possível prevenir casos mais graves.

Impactos da ansiedade na saúde física

A ansiedade no Brasil também afeta a saúde física. Entre os sintomas mais comuns estão dores de cabeça, fadiga, problemas gastrointestinais e alterações no apetite. Além disso, o estresse crônico pode enfraquecer o sistema imunológico. Logo, cuidar da mente é cuidar do corpo. Ignorar os sinais pode resultar em doenças mais sérias.

A importância do apoio familiar

Ter apoio emocional da família faz grande diferença para quem enfrenta a ansiedade. Um ambiente acolhedor, em que a pessoa possa conversar e ser ouvida sem julgamento, ajuda muito. Aliás, é comum que familiares percebam os sinais antes mesmo do paciente. Portanto, a rede de apoio é fundamental para a recuperação.

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O papel das empresas na saúde mental

No ambiente corporativo, empresas que oferecem suporte emocional reduzem os riscos de afastamento e melhoram o desempenho dos colaboradores. Programas de bem-estar, pausas regulares e escuta ativa são medidas simples que fazem grande diferença. Entenda mais sobre burnout no trabalho: sintomas, causas e como tratar

Como lidar com a ansiedade no Brasil?

Busque ajuda profissional

A terapia é um recurso eficaz. Psicólogos e psiquiatras ajudam a entender os sintomas e propor estratégias de controle. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário. Todavia, é fundamental que o tratamento seja acompanhado por um profissional qualificado.

Faça pequenas mudanças na rotina

Adotar horários regulares para dormir, se alimentar e fazer pausas ajuda a manter o equilíbrio. Ainda mais, é importante reservar momentos de lazer e convívio social.

Pratique exercícios físicos

Movimentar o corpo melhora o humor e reduz a ansiedade. Caminhar, dançar ou pedalar, por exemplo, são atividades simples e eficazes. Com o tempo, a prática melhora também a qualidade do sono.

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Respire com consciência

Técnicas de respiração e relaxamento ajudam a diminuir o ritmo do corpo. Assim como a meditação e o mindfulness, essas práticas acalmam a mente e aliviam tensões.

Cuide da alimentação

Evitar alimentos industrializados e preferir refeições naturais traz benefícios para o cérebro. Portanto, uma alimentação saudável também atua na prevenção da ansiedade.

Onde buscar ajuda gratuita

  • CAPS (Centro de Atenção Psicossocial): atendimento especializado gratuito via SUS;
  • UBS (Unidade Básica de Saúde): triagem inicial e orientação;
  • CVV (Centro de Valorização da Vida): apoio emocional 24h, pelo número 188;
  • Universidades públicas: muitas oferecem atendimento psicológico gratuito em clínicas-escola.

Citação

“A ansiedade no Brasil é consequência de um ambiente social que exige demais das pessoas. Precisamos falar mais sobre o tema e garantir que todos recebam apoio.”
Dra. Luciana Telles, psicóloga e pesquisadora da UFRJ.

Informações sobre políticas públicas e serviços disponíveis para tratamento de transtornos mentais no Brasil.

Conclusão

A ansiedade no Brasil é um desafio de saúde pública. Porém, com informação, acesso ao tratamento e acolhimento, é possível enfrentá-la com esperança. Em primeiro lugar, reconhecer os sinais já é um grande passo. Em segundo lugar, buscar ajuda mostra força. Finalmente, lembrar que você não está sozinho é essencial para iniciar o caminho da recuperação.

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FAQ

1. O que é ansiedade no Brasil?
É um transtorno emocional que afeta milhões de brasileiros, ligado ao estresse e à insegurança.

2. Como saber se tenho ansiedade?
Sintomas como preocupação constante, insônia e tensão muscular podem indicar o problema. É recomendável procurar ajuda médica.

3. Onde buscar apoio gratuito?
Nos CAPS, UBS, universidades públicas e pelo CVV (188).

4. A ansiedade tem cura?
Ela pode ser controlada com terapia, cuidados diários e, se necessário, medicação.

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5. O que mais posso fazer para me sentir melhor?
Respiração consciente, alimentação saudável, rotina organizada e apoio emocional são pilares importantes.

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